
🌿Olá sapiens!
Um novo e importante posicionamento da American College of Physicians (ACP) acaba de ser publicado na revista Annals of Internal Medicine (Kansagara et al., 2025), trazendo orientações sobre o uso de cannabis medicinal e canabinoides no tratamento da dor crônica não relacionada ao câncer. A publicação, baseada em revisões sistemáticas vivas (ou seja, atualizadas continuamente), fornece conselhos práticos para a tomada de decisão clínica nesse campo ainda repleto de dúvidas.
Confira os principais pontos:
✅ Informe e oriente sempre: Profissionais de saúde devem conversar com seus pacientes sobre os possíveis benefícios e riscos do uso da cannabis medicinal antes de iniciar ou manter essa forma de tratamento.
⚠️ Alguns grupos devem ser evitados: Os autores recomendam cautela especial com:
-
Jovens e adolescentes
-
Pessoas com histórico de transtorno por uso de substâncias
-
Pacientes com doenças mentais graves
-
Pessoas frágeis ou com risco aumentado de quedas
🚫 Evite em gestantes e lactantes: Mulheres grávidas, amamentando ou tentando engravidar não devem utilizar cannabis medicinal para dor crônica.
💨 Nada de fumar!: O uso inalado (fumado ou vaporizado) de cannabis não é recomendado para esse fim.
Essa diretriz da ACP reforça a necessidade de individualização das condutas e a importância da relação médico-paciente baseada em diálogo e confiança, especialmente em contextos onde o entusiasmo popular pode superar a evidência científica disponível.
📚 Referência: Kansagara D, Hill KP, Yost J, et al. Cannabis or Cannabinoids for the Management of Chronic Noncancer Pain: Best Practice Advice From the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2025 Apr 4. doi: 10.7326/ANNALS-24-03319.
Cuide-se!