
Olá sapiens!
A fibromialgia é uma condição crônica e desafiadora, caracterizada por dor difusa, fadiga e distúrbios do sono, afetando significativamente a qualidade de vida de quem convive com ela. Nos últimos anos, têm surgido evidências de que a cannabis medicinal pode ser uma opção terapêutica adjuvante em pacientes com fibromialgia refratária, ou seja, que não respondem bem ao tratamento convencional.
🔬 O que dizem os estudos?
Ensaios clínicos randomizados, estudos observacionais e revisões sistemáticas recentes apontam que o uso de cannabis medicinal pode trazer benefícios como:
✔️ Redução da intensidade da dor
✔️ Melhora do sono
✔️ Alívio de sintomas de ansiedade e depressão
✔️ Impacto positivo nos domínios físico e psicológico da qualidade de vida
Um ensaio clínico randomizado e duplo-cego demonstrou melhora significativa nos escores de qualidade de vida medidos pelo Fibromyalgia Impact Questionnaire (FIQ) após o uso de óleo de cannabis rico em THC, sem efeitos adversos intoleráveis¹.
📈 Estudos observacionais também relatam melhorias nos domínios de qualidade de vida avaliados pelo WhoQoL-bref, e redução do uso de outros analgésicos em pacientes que adicionaram a cannabis ao tratamento convencional²³.
⚠️ Mas atenção!
A evidência disponível ainda é considerada moderada a baixa, com limitações como:
• Amostras reduzidas
• Heterogeneidade nos tipos de preparações e doses
• Alta taxa de descontinuação em estudos de longo prazo
Além disso, o perfil de segurança a longo prazo da cannabis medicinal não está totalmente estabelecido.
🔎 Resumo prático:
A literatura atual sugere que a cannabis medicinal pode ser uma opção a ser considerada em casos refratários de fibromialgia, sempre com monitoramento rigoroso e individualização da indicação. Estudos adicionais, com maior robustez metodológica, são fundamentais para determinar:
🔹 Subgrupos de maior benefício
🔹 Regimes posológicos ideais
🔹 Segurança a longo prazo
📚 Referências principais: Chaves et al., 2020; Hershkovich et al., 2023; Giorgi et al., 2020; Singla et al., 2024; Giardina et al., 2024; Sotoodeh et al., 2023; Berger et al., 2020.
Cuide-se!